[Texto de: 10 de Outubro de 2011]
Acordo embrenhada em pensamentos mortos e que afectam a minha renascença...
Quero esquecer o que mais me magoa, mas a dor é tanta que ela toda apaga a vontade do meu bem estar.
Caminhando por entre multidões, perdida no olhas das pessoas que passam e me empurram de um lado para o outro, como se não tivessem espaço, vou abrindo um novo caminho para a minha nova descoberta e talvez um 'level up' (só para a piada)...
As pessoas que me conhecem rodeiam-me, é quase impossível não esboçar um sorriso, por mais pequeno e falso que seja, é um sorriso... Parto à descoberta de novas pessoas que não conhecia e de quem tirei más impressões que agora vejo, que foram grandes más impressões, senti-me totalmente parte da sociedade de hoje em dia que não respeita ninguém, infelizmente, senti-me pior.
Depois de 3h de conforto volto à mesma etapa, multidões, encontrões, cuspidelas para o chão como se o Mundo pertencesse a eles, é meu, posso contaminar...
Sozinha, olho a paisagem, bonita, não queria que este momento acabasse, para ter de chegar à minha zona de conforto que à algum tempo se tornou na minha zona de desconforto por ser o sítio onde eu própria mais me magoo, sem querer... onde as pessoas mais me magoam...
Ter um coração feito de ferro dava jeito, talvez um dia peça a um ferreiro que me construa um coração de metal, não há-de ser impossível. Ou até mesmo pedir a um pedreiro, um coração feito de pedra, de qualquer das maneiras sentiria-me mais indestrutível...
O cansaço é tanto de não conseguir dormir, não conseguir adormecer nem ao som de uma bela música calma e aconchegante... Fecho os olhos e imagens de momentos perdidos me vêm à mente, todos baralhados, até que formam uma sequência cronológica e tudo volta a fazer sentido.
Levanto-me, pois as minhas capacidades de pensar sempre no mesmo que me incomoda já são escassas e preciso de força para algo mais do que aquilo que não me merece.
A correr canso-me de uma forma saudável e em vez de repensar o perdido e inadquirido, penso no quão está calor e eu feita parva sou a única pessoa a percorrer uma rua deserta...
O cair da noite é suave e até me transmite uma calma delicada, mesmo assim o escuro cerca a minha alma não deixando que ela possa inspirar o mínimo oxigénio possível. A noite sufoca o meu ser, o meu cansaço, os meus pensamentos,... A dor começa a latejar no peito, não me sinto capaz de fazer com que esta escuridão me largue e me deixe cair, não me sinto capaz de gritar, nem de deixar que uma última lágrima percorra o meu rosto.
Acordando novamente... Foi um pesadelo... Vivendo o dia com o pensamento de que isto tudo vai voltar a acontecer...outra vez...e outra vez...
A ouvir: This is Gospel (piano version) - Panic! At the Disco (a special someone was singing it to me♥)
Nana♥
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